Desejo-lhe apenas karma

Que encontre em outras almas,

apenas o que me deu... Nada.

 

Hei de ouvir teu grito

Suplicando amor por muitas eras,

Farei fogueira de cada palavra

que dediquei a ti em páginas

Em tempo, em lugares em músicas.

 

Eis que me tornei a própria fogueira

Com cada página expressa em gozo

Onde as chamas de agora é fumaça,

As reticências e virgulas são nada.

 

Hoje tu es apenas outro fantasma

Sem poder para assombrar;

Pois o vento levou as cinzas

Dos bons sentimentos dedicados a ti.

 

Que nada amou,

Que nada entregou,

Que fingiu cuidar.

 

Desejo-lhe apenas Karma,

Corpos amontoados sob tua alma.

Eis que cinzas te perturbam;

Enlouqueceu e esqueça.

 

Sinta a angústia,

Do nada.