Não sou estranha...
Respeito às decisões
Das pessoas que se
afastam de mim
Você pode me trair.
Você pode me machucar.
Você pode falar
pelas minhas costas.
E ainda assim,
nunca terá um acesso
de raiva.
Eu esqueço você.
E você se dissolve.
Entenda,
Vou olhar para você
E nunca mais te ver.
Serás um ser invisível,
passageiro,
a quem poderei dedicar
uma saudação distraída
Dentro de um pensamento vazio.
Sim! Eu sei,
Que pessoas como eu
são desconfortáveis por ser prática
E pela quebra de confiança,
Rápida em ir embora!
Eu faço o que digo
E antes disso o que penso.
Então, honrarei sua decisão.
Mas repare...
Nunca haverá de mim perdão!
Reservo meu coração
para poucos e quem
decide ir embora é respeitado
mas não pode voltar atrás.
Não escondo meu desprezo,
Eu não moldo isso por conveniência.
Eu mostro com palavras
Mesmo que essas me sangre
No meio de um silêncios abrasador
Que me torne livre
e nunca escrava de quem é usada.
Estou sendo livre agora...
Com uma vida para me construir,
entre asas quebradas e sangue engolido.
E agora posso finalmente sorrir:
Serena, machucada e orgulhosa de mim.
De você que não mais conheço,
Meu nada...
Neutra, branca, alva, transparente
E luz nesse teu vale estranho
De prateleiras quase infantis.