INCERTEZAS
Há sóis e noites na natureza,
Cristais mortíferos que embelezam
Fontes e halos de desenganos;
Só há incerteza nesses verdes panos.
A luz e a cor que matizaram,
O tenro olhar do voar satânico,
Estimaram o obus para desfechar,
Um trilhar primeiro do inferno atômico.
Flores e folhas voam para o nada;
A lua despenca nas namoradas
No abismo desses ritos;
A rasga mortalha entoada em seu canto;
De canto a canto aumenta o pranto,
Rasgando amor e suspirando os gritos.
Porto Velho 14/06/2011