Capricórnio
Digna a morte do que dói
Digno o sono do que não anda
Destino, imprevisível ciranda,
Dá o que alisa e o que corrói.
Dignas a queda da ilusão
E a solidão assim de verdade
O tolo despreza a realidade
O sábio controla a efusão.
A vida traz café amargo
Numa bandeja de prata
Banguela; de sorriso largo
Sabendo que ele não mata.
Dignos os dias de afeto
E a paz que neles se mantém
Mas...
Estando ou não com alguém,
Sujeito vem antes do objeto.