Lua em peixes
Amo, das ideias, o campo
Nele sou eu; nele sou outro
Nele sou sonho de qualquer tamanho
E não me assusta o que é estranho.
Amo o campo das ideias
Às vezes presa; às vezes teia
Nado por mares nunca navegados
Saio do presente; volto ao passado...
E nada há de errado
Nas minhas fugas mudas
Por ruas que desenho
Que levam às alegrias que não tenho.
Ao campo das ideias, amo
Somo loucuras e então sumo
Em rios imprevisíveis, eu me banho
Depois caminho lépido e sem rumo.