MOLDURAS
Sei que sou um ser nostálgico por natureza:
Minha mente tem “flashes” de momentos vividos;
Instantes que teimam em não serem esquecidos...
O coração os guarda como fonte de riqueza.
Os rostos daqueles que se foram eternamente
São retratos emoldurados por imensa saudade;
Quando fecho meus olhos, uma luz me invade...
Deixa mensagens que só a minha alma sente.
Tive a grande sorte de nunca me sentir sozinho;
Boas recordações são muitas a me acompanhar,
Da infância e da juventude que eu pude gozar...
Tantos fatos e vidas ilustraram o meu caminho.
O tempo passa e com ele nós passamos também;
Reconhecemos tarde o valor que as pessoas têm;
As lições da vida, às vezes, são muito duras...
Sinto muito por exemplos que pouco aproveitei;
Uma pena por amizades que não preservei;
Sinto falta das pessoas por quem tive ternuras...
E é do sorriso delas que sempre me lembro,
Por isso, quando eu não mais tiver um setembro,
Quero ser um retrato feliz em várias molduras.
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