Gelo
Lacunas cheias de silêncio
Minhas
Por tantos outros que fui
Apesar desse cruel tagarela,
Tinha
O encanto que já não flui.
Bagunça cheia de tormentas
E adeus
Depois a ordem criticada
Nela a solidão faz morada
Meus
Os dias de alegria abdicada.
Tenho opções em excesso
Escolhas por ninguém é a certa
Num dia a carência aperta,
Noutro por nada me interesso.
Alguma teia será tecida
Nova
Para o novo que está em mim.
O que era vermelho é cinza
E prova
Que até a esperança tem fim.