Gelo

Lacunas cheias de silêncio

Minhas

Por tantos outros que fui

Apesar desse cruel tagarela,

Tinha

O encanto que já não flui.

Bagunça cheia de tormentas

E adeus

Depois a ordem criticada

Nela a solidão faz morada

Meus

Os dias de alegria abdicada.

Tenho opções em excesso

Escolhas por ninguém é a certa

Num dia a carência aperta,

Noutro por nada me interesso.

Alguma teia será tecida

Nova

Para o novo que está em mim.

O que era vermelho é cinza

E prova

Que até a esperança tem fim.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 29/07/2022
Reeditado em 29/07/2022
Código do texto: T7570198
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