Dar as setas
Jardins de tempestades,
Onde bocejam meus lábios secos,
Becos estreitos, ruidosos ecos,
Esculpida face pálida, sem brilho,
Entrelinhas, trilhos...
Onde mãos são dormentes,
Os lábios não rasgam sorrisos,
E os olhos mentem,sentes...
Antes o inferno, do que este paraíso,
De espelhos quebrados,
Rogo vontades mim, opróbrios
De ilusões e silêncios,
Do tempo com calcanhar Aquiles,
Acorda e siga firme,
Antes que te aniquiles,
Sonhos são enigmas,
Que estigmatizam razões,
Aprisionam os ventos,
E nem sempre concretizam momentos,
É o diferencial das estações,
Ou avanças na direcção certa
Ou caís em maus lençóis (...)
(M&M)