NENHUMA VONTADE DE DIZER ADEUS

Peço que me arranquem o coração,

espalhem no ar a minha alma,

os sonhos deem às crianças sem brinquedo,

me desterrei deste planeta,

não quero saber de riquezas

que atiradas ao chão viram pó,

abro mão de todo Poder consumível ao fogo.

Levo daqui, apenas um afago de criança,

dois ou três miados dos gatos confidentes,

e nenhuma vontade de dizer adeus

aos que apontam na calçada o semelhante