Mãe!

Mãe

Arranca a capa sem medida, que te empunham a força

Retira as palavras que te empurraram goela abaixo

Arranca os lacres que te rotulam as partes

Arrebenta o rótulo de ser precisa, na medida certa

Solta a poeira do doloroso deserto

Sacode ao vento as lágrimas que te sufocam

Brada ao mundo que tu não és santa

Sejas o que tu queres ser

Abraça-te fiel, sem invasão nenhuma

Basta! Grite na insinuação da estada

E todos te ouvirão..

Não te imprimas tamanha dor

Parece inesgotável o amor que sentes

Abranda o peito, acalma o ânimo

Permita-se apenas, ser humana e nada mais

Abraça as estrelas da tua intimidade

Sorve a seiva que te nutre a alma

Que os teus pés sigam seu caminho

E que ninguém, ninguém te exija ser perfeita

Que sejas tudo que você quiser!

Reijane Brasileiro
Enviado por Reijane Brasileiro em 08/05/2022
Reeditado em 08/05/2022
Código do texto: T7511640
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