Parte da alma

 

 

 

Era uma vereda perdida no meio da estrada,

desses caminhos por onde a vista se perde

de tanto a gente gostar, de aventuras reprimidas.

 

E seguimos com o desejo de continuarmos a ver

onde aquele fiasco de chão poderia nos levar...

Indagamos,

o que será que acontece, há felicidade por lá?

 

Havia qualquer coisa de encanto na vereda,

pensamentos que se prenderam na flor azul,

no entardecer laranja, olhos sem pressa pela noite,

pelo medo da madrugada sem nada dizer.

 

Vereda é uma parte da alma, um lugar onde

não se ousa, muitas vezes chegar,

preferimos os lugares conhecidos, o novo

assusta!

Por talvez não querermos mais voltar.

 

Costumamos fazer o mesmo caminho, perder-se

é muito arriscado, recuamos...

Somos temerosos, acomodados e acostumados,

damos voltas e mais voltas, sem querermos

de fato chegar, preferimos o sonho, à ter que realizar.

 

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 02/05/2022
Reeditado em 13/09/2022
Código do texto: T7507832
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