"A ROTINA QUE MATA" Poema de: Flávio Cavalcante

A ROTINA QUE MATA

Poema de:

Flávio Cavalcante

I

Minha companhia de todo o dia

O cansaço, este que me domina

História que o escritor nunca varia

O dia que começa, o dia que termina

II

Dói o corpo e dói n'alma incessantemente

O fazer, apagar e repetir toda nossa história

Obrigação de fazer o dever constantemente

E nunca eliminar a essência da nossa memória

III

Cansativo, mas no final da obra, compensativo

Esta rotina é para todos, um mal bem necessário

É dolorosa e sem dúvidas, um trabalho exaustivo

Face da rotina o reflexo de um ser temerário

IV

Viver é perigoso quando cada dia é bem agitado

A rotina que dá fadiga, preguiça e que esmorece

Há ausência de vontade, dormência ou parado

Deixando o corpo sem vontade e a alma adoece

V

O repetir a história deixa uma rotina que mata

Mas já foi muito bem dito que é um mal necessário

É o ritmo que quando não faz raiva, faz falta

E toda sua rotina, tem você como o proprietário

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 06/04/2022
Código do texto: T7489601
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