Entreaberto

Nego a mim mesmo

O que nasce devagar

Fora do coração

E que para lá tende a ir

Dentro de um trem

De única direção.

Nego a mim mesmo

As delícias veladas

Dos meus dias

Para evitar a solidão;

Chama substituída

Por paredes frias.

Mas não posso aposentar

O que me motiva

Sol que traz vida

Para o meu rosto alegrar.

Nego a mim mesmo

O que tanto insiste

E pode machucar.

Para isso não corro,

Porém não controlo

Os braços do mar.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 22/03/2022
Código do texto: T7478307
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