O sonho
Delicado me abordas
E perplexo fico
Com tua coragem;
Flecha rara de sentir.
Admiro o teu ímpeto
E o direto dito.
Levo-te na viagem;
Ainda que não possas ir.
Antes de ler o teu texto,
Já entendera o contexto.
Os olhos não mentem jamais.
Ao encanto, não me meto;
Talvez a um leve afeto
Que a doce casualidade traz.
Eu, apenas o que vês.
Mais, não consigo;
Sutil e selvagem;
Deixando de me reprimir.
Um dia, quem sabe?
Depois do escrito,
Haja uma passagem
E não se precise dormir.