Ana criança
Para Ana Maria Vecchione Xisto
Diga dona Chica cá cá
Que o sonho não morreu reu reu.
Tira, bota, deixa ficar,
Quem está na roda sou eu.
Da infância, que já vai distante,
Guardei na memória a lembrança
De uma menininha falante,
Um encanto, um amor de criança.
A filhinha da dona Ciúla,
Com jeito de infanta travessa,
Era do quinteto a caçula
E a sorrir ela me vem à cabeça.
Fecho os olhos e sou o menino,
A brincar como antes fazia.
Volto a ver o mesmo risinho
No rostinho da Ana Maria.
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N. do A. – Na ilustração, A Menina e as Gaivotas de Neiva Passuelo, artista gaúcha de Erechim radicada em Curitiba – PR.