Fora da caixa
Não há escândalo
Na solidão a dois;
Apenas sussurros.
Não há murros na parede;
Tampouco gritos de socorro;
Apenas olhares perdidos
Entre passado e futuro.
Lá fora, sândalo
E energia depois.
Deixado o casmurro,
Sombra, água fresca, rede;
Sem lugar a dor ou esporro.
E o profundo prazer obtido
Visto como impuro.
Bem no âmago,
De cada anti-herói,
Pouco há de absurdo;
Pouco de vida se mede.
Extinta a mentira de adorno;
Compromissos abolidos;
Alegria sem muros.