Noite alta, céu que brilha,

Coruja no toco, medo no peito

Boi no pasto, silêncio na roça

Vento que uiva, sonho desfeito!

 

Nas conversas ocultas palavras que doem

Saudade matreira não quer ir embora

Soluço que aperta, que aperta machuca

Só há um caminho: chorar com a viola!

 

Caboclo carente, amores ocultos

Olhares perdidos, solidão traiçoeira

Noite sem lua, céu carregado

Vida sem jeito! Tristeza certeira!

 

 

Regina Lúcia Pinto Rangel
Enviado por Regina Lúcia Pinto Rangel em 11/01/2022
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