Gatilho

Um sorriso sempre estava em seus lábios,

Os profundos abraços,

A palavra que sempre tinha,

A felicidade aparente.

Efêmera é a vida,

Perene, os sorrisos que não saem da memória

O décimo andar a fez acreditar ter asas,

Sorri no céu.

A inquietação é tamanha que as palavras faltam,

Falta o sorriso, a verdade, o eu,

Tudo falta, inclusive tempo

Uma dor no peito que não quer passar,

As lembranças a todo momento a incomodar

E pensar que ela chegou do lado de lá,

Uma vida injusta que ativa o gatilho

De quem desaprendeu a sonhar.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 10/01/2022
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