DERRADEIRO SUSPIRO.

Porque te quero,

Nem eu sei, fio de navalha

és tua pele corada,

Tua boca sedenta ,és pouso

arriscado,

Seu retrato em minha ires,

Rios de margens largas

para curtas pernas.

Olhar-te-ei pela fria

Janela do tempo.

Ninguém a de ver minhas

longas noites,

nem ouviras os ruídos

da minha boca chamando

seu nome.

Distante está o oceano

dos teus lábios,

Tão perto está dor que me corta,

Me procuro, não me acho,vou ao espelho,

não reconheço a moribunda

face que se avulta,

onde estás que não me escuta.

Olho o mundo e te procuro,

Tudo está dissipando,

minha alma evola,

enquanto olho seu retrato,

Nasce em mim um corpo

salutar,

cai voraz a última lágrima,

escorre na face,

molha o derradeiro suspiro,

renasço, meus pés toma

novo rumo.

Tudo agora é novo,

Olho minhas mãos, estão belas,

abro a janela, enquanto uma nuvem

desloca no céu,

apago teu nome,

uma ave canta, parece me anunciar,

enquanto ela canta,

Vou sorvendo a melodia da vida,

Tentando me reencontrar.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 04/12/2021
Código do texto: T7399494
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