Ilha

Sinto saudade de mim ,

Da península do teu olhar,

Sinto saudade de nós,

Naquela esquina sem fim,

De tudo, do teu a(mar)

Das areias brancas,

Onde deixamos marcas,

Sinto saudade,

Da brisa que banhava as ondas,

Do cheiro miscível do sal,

Beleza ímpar, encanto natural,

Quando eu me perdia em tua orla,

Onde ventos sussurravam prazeres,

Lá, onde pude te escrever,

Com cada pedaço de mim,

No calor com a mistura de alecrim,

E aqueles raios sem fim,

Na inocência, apoderei-me de ti,

Levando-te cada vez distante,

Como nunca antes estiveste,

Na sombra daquela ilusão,

Do cristalino e límpido,

Das tuas águas,

Que cobrirá o meu peito,

Da emoção sem mágoas,

Na fricção dos movimentos,

Onde nos propusemos aos sentimentos,

Foram brisas, foram ventos,

No elance de nós,

No paralelismo de cada voz,

Onde estivemos a sós,

Em cada ilha de nós,

Cujo o tempo,

Já não é mesmo,

Pois, a reminiscência apossou-se,

E cada vez deixa-nos a esmo,

Dos corais e caracóis,

Da tintura do azul,

Hoje, rumamos para Sul,

Sem sóis,

E tudo parece ter pressa,

O verde tornasse efémero e passa,

Novamente surgem lembranças,

Da arrogância e da ignorância,

Que habita no âmago,

Pois, para cada ilha,

Há o desapego,

Há a situação de perigo,

Pese embora se pareça sossego,

Mas, a ilha é lugar de resgate,

De resguardo da emoção,

Quando a razão quer afastar se do coração (...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 29/11/2021
Código do texto: T7396045
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