Última Bala
A última bala do outono rasga a rosa do sexo comprado
na bandeja da ossada lunar
de parlamentares entediados com a miséria das ruas
Com uma bala na cabeça as rosas sangraram o amor que eu te dei
sentimentos servem de coquetel ao defunto, mas quem chora no meu túmulo
só mata a sede dos vermes porque até a alma perdida obedece à lei
e ficarei como uma memória no vento de outono que sopra
uma estrofe sem continuação