SÚPLICAS

Um crepúsculo oculta, rude, angústia

Nos sepulcros de outubro , turvos cúmulos

Em repulsa, tão mudos quanto o luto

De reclusos por culpa, espúria dúvida.

Em seus rubros o turvo insulto ao justo

É o ciúme da luz, o orgulho em súplicas

Tão estúpidas quanto um truão ao púlpito,

Seus minúsculos, lúdicos recursos.

Muda os túmulos, rústico em seus rubros

O crepúsculo em frêmitos, tortura

Em propor seus augúrios ao silêncio –

Há procuras que nunca anoiteceram.

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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 12/09/2021
Código do texto: T7340495
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