Chuva de verão

Não há segundo encontro

A quem a lua abraça

Com encanto e desespero

De um apressado coração.

Não há segunda chance

A quem enxerga o sol

Como a um deus, devoto,

Atado à própria ilusão.

Por trás de paredes frias

Há sussurros, gemidos, gritos

Que fazem invejosos ouvidos

Bocas caladas de nunca mais.

Não há segundo plano

A quem ao outro se dá,

Esperando algum retorno

De emprestadas mãos.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 21/08/2021
Reeditado em 29/08/2022
Código do texto: T7325755
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