Chuva de verão
Não há segundo encontro
A quem a lua abraça
Com encanto e desespero
De um apressado coração.
Não há segunda chance
A quem enxerga o sol
Como a um deus, devoto,
Atado à própria ilusão.
Por trás de paredes frias
Há sussurros, gemidos, gritos
Que fazem invejosos ouvidos
Bocas caladas de nunca mais.
Não há segundo plano
A quem ao outro se dá,
Esperando algum retorno
De emprestadas mãos.