se a razão já não convém

minha pele sofre

o que a alma recebe

como pode haver

tanto amor guardado

e nada ser pra mim?

se eu tivesse mais idade,

quem sabe,

pra costurar esses caminhos

desatar meus nós

e construir o nós que há

em minha mente

cega e inocente

o que será o fim

desse início esperado?

o que será, por fim, do meu

eu desesperado?

por você

por quem espero sem pretensão

cuja lembrança é a de um olhar

tão conciso que me revolta

por não tê-lo sobre o meu

o rubro é inevitável

mas ao observá-lo de perto

em minha pele

ele desaparece como uma brasa

que vai apagando

o vermelho incandescente

que tinge pontos específicos

eles podem ser mapeados, se

quiser

é mais fácil não se perder

quando já se conhece a estrada,

as curvas, as pedras …

se esse caminho tiver formato de gente,

muito prazer

Anita Maria
Enviado por Anita Maria em 22/07/2021
Código do texto: T7305305
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.