HAMARTIOLOGIA

HAMARTIOLOGIA

A noite cai veterana

Desde o grão começo

Nesta terra profana

Com tal adereço

No atro véu estrelado

E o globo prateado

Quieto e cintilante

Irradiava sua luz vivaz

Numa sensação de paz

Ao coração do amante.

Fugidio no negrume

Fez-se testemunha

Aliado ao vaga-lume

E não se acabrunha

Do mundo presenciar

A própria mão se matar

Perdendo sua condição

Na própria condenação

Aos olhos do belo luar.

Ouviu a voz da serpente

Que inda era bela

De fala convincente

A lua ficou amarela

Por causa da vergonha

De ver a coisa medonha

Corromper, já corrompida

Que então ignorava

O homem que a amava

Por toda a sua vida.

A lua tapando o rosto

Cheia de decepção

Tristeza e desgosto

Por Eva e por Adão,

Ter de todo perdido

No mal, mal concebido

Danando a sobrevivência

No encantado jardim

Onde tiveram o seu fim

Pela vil desobediência.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 17/06/2021
Código do texto: T7280730
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