Imperfeita
Em vez de escassez
Prefiro excesso!
Sou alérgica a olhares que julgam.
Eu que não finjo orgasmo
Tampouco monogamia.
Eu que adormeço pensando em ti
Mesmo com outro ao meu lado.
Eu que anoiteço de porre
E conheço bem a ressaca dos mares
Pois de amor não se morre
E se em outros corpos me embriago
É que meu coração é enorme
E nele cabem tantos olhares.
Inúmeras são as presenças que me perturbam
E muitas delas me fazem lembrar do teu olhar tão singular.
Então retorno! E todas as vezes que te busco te acho.
Fico a imaginar como seria se em tais padrões
Eu conseguisse me encaixar...
Será que eu te faria feliz ou seriamos frustrados?
Eu que sou sem precedentes feita apenas de vontades!
Eu que não me censuro apenas vivo essa louca viagem
Queria poder transformar o exato instante
Que te tenho em meus braços em eternidade.