Eterna culpa

Ando triste....

Algoz fui e retalhei-me com adaga aguda.

Como vil acusador me ponho o dedo em riste.

A magoa dilacera minha alma...

um perdão inalcançável.

Condeno-me e sobejo em culpas....

os olhos ensombrados em lágrimas tão amargas.

Deixei de ser um protetor, um anjo acolhedor.

Deixei-os a mercê de seus medos.....

não permiti que vivesse a fase áurea da inocência.

Fui conivente com o terror das noites mal dormidas.

Destranquei a porta...

e permiti a entrada de traumas marcantes.

A vida seguiu para mim...

a eles não foram concedidos outra opção....

sentir somente o gosto acerbo da solidão!

By Marcos Lopes (Alquimista das letras)
Enviado por By Marcos Lopes (Alquimista das letras) em 15/10/2020
Código do texto: T7088413
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