Vírus Coroados

Além do umbigo há bozos e trumpeços,

pesos de um tempo de vírus coroados

pela esbórnia triste de verão sem carnaval,

aonde mira na rua quem desafina o grito insano do sistema,

como fazer da canção um poema,

se do trema sangra a liturgia energúmena das igrejas arruinadas

no deserto esfumaçado das queimadas,

que muito mais do que o verde da mata,

mata infâncias sem amanhã

e viola o código uterino das águas usurpadas de lenda