Assintomático
Negou o pão ao pedinte
Se expressou tão pedante
No templo é todo ouvinte
Se em tempo fosse amante
Negou a si pão perene
Quando o negou a um mortal
Que pena! Soa solene
Sua religiosidade imoral
Sentiu-se só, entre tantos
Sentir-se o deixa à vontade
Em volta não vê os encantos
Na vida é mera metade
Negou a si mesmo empatia
Autômato sempre automático
Negando o outro, nem via
Que é do próprio mal assintomático.