Assintomático

Negou o pão ao pedinte

Se expressou tão pedante

No templo é todo ouvinte

Se em tempo fosse amante

Negou a si pão perene

Quando o negou a um mortal

Que pena! Soa solene

Sua religiosidade imoral

Sentiu-se só, entre tantos

Sentir-se o deixa à vontade

Em volta não vê os encantos

Na vida é mera metade

Negou a si mesmo empatia

Autômato sempre automático

Negando o outro, nem via

Que é do próprio mal assintomático.

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 23/09/2020
Código do texto: T7070545
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