Albergado no ser

Vida afora

Sigo faceiro

Abastado dessas andanças

Ah! Mui vezes cansa ...

Ai, logo me entrego a dança nessa ciranda

E nesse movimento de gira, encontro a cura interior

Permeado nesses enlaces

Entrelaces

Vou tecendo alianças

Descentrado

Cesso com toda essa agenda pragmática do tempo linear

Que muito nos consome

E o "ser", some

Desemaranhando as alienações

As urgências

Quantas querências

Que nos traz estados de mortificações

Em ritmo foliar

Mesmo contornado dos concretos que muito nos desordenam

Não temo, e abro-me em inflorescência

Ancorando nessa terra, diminutos frutos da pluralidade

E circulando nesses volteios

Floreio

Permeando a alma

Dos registros internos da bendita compreensão

E rente ao encontro da inteirice

As belezas me vestem da totalidade

Albergado no ser

Consagro, goles e goles de vida ...

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 15/09/2020
Reeditado em 28/01/2022
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