RODOVIA DO REPENTE. (Um encontro com a poesia)

RODOVIA DO REPENTE

Saindo da terra dos cajueiros

E passando pela serrinha

Paro e bebo das águas branquinhas

Do Pajeú, grande ribeiro

Mais na frente, um povo hospitaleiro

Me recebe feliz e sorridente

Sigo em frente rumo a São Vicente

Quase fronteiras com a Paraíba

São muitas léguas percorridas

Na rodovia do repente.

E no vai e vem, lá vou eu passando

E cumprimentando, o que vou vendo

O açude do walfredo vem renascendo

Com o progresso apontando

E o carro vai rodando

Riacho dos gatos, que bom te vê

Prazeres é só prazer

Itapetim é do repente

A rodovia que é da gente

Foi inspirada em você.

Caminhoneiros transportando

Sisal, milho e algodão

São as riquezas do sertão

Que agora vão exportando

E o Pajeú vai ganhando

Uma cara diferente

Com essa nova via corrente

Cruzando pra Paraíba

Na nova realidade vivida

Da rodovia do repente.

De repente como num repente

Percorro todo trajeto

Ligo o rádio e com você por perto

Faço uma viagem diferente

Felizes e sorridentes

E na mais pura harmonia

Faço o percurso todo dia

Ambó, via são Vicente

Até a divisa com livramento

Recitando poesia.

Não haverá tristeza, somente alegria

Nem cidade pequena esquecida

Não haverá mais cultura adormecida

Nem quem não goste de poesia

Não haverá mais pedras soltas sem sintonia

Nem quem desconheça São Vicente

Não haverá mais distância que agüente

Nem mais tempo pra que se espere

Nem motor bom que não acelere

Na rodovia do repente.

Amiraldo Patriota.

Amiraldo Patriota
Enviado por Amiraldo Patriota em 06/08/2020
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