A mutação da rosa
 
No meu jardim, um bicho inseto
fez o seu serviço completo:
comeu as folhas da roseira
e devorou a trepadeira.
 
A rosa, que era cor-de-rosa
e no jardim posava prosa,
remanesceu nua no pé
e nos bichos perdeu a fé.
 
Ao me ver passando por ela,
prometeu como quem apela:
eu posso até mudar de cor,
se me colher pro seu amor.
 
No sereno da madrugada,
colhi, pra dar à minha amada
com a devoção de uma abelha,
a mais bela rosa vermelha.
 
 
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N. do A. – Na ilustração, Rosa (2ª Versão) de Elton Brunetti (Francisco Beltrão – PR).
João Carlos Hey
Enviado por João Carlos Hey em 24/07/2020
Reeditado em 26/07/2020
Código do texto: T7015555
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