Clausura

A espinha eriçada da clausura se senta elegantemente à mesa e dá de comer aos seus medos. As dobradiças do abandono rangem e implodem as vigas da palavra amor.

Você ali, em estado de estagnação, dilacerando

músculo,

pele e órgão

para levantar ao menos um dos seus múltiplos corpos na intenção diminuta de lançar-se à janela. - O possível respiro-.

Mas a miragem lá fora desemboca mesmo é na paisagem de dentro;

deserto.

“Entendeu onde doeu?”, é a pergunta que retumba aqui a cada fragmento desse vídeo. Eu entendi! A Vida no epicentro da dor.

Não é entretenimento! É provocação!

É um disparo no peito na tentativa de descobrirmos em qual parede desse claustro a nossa vida foi cimentada.

{Texto produzido como sinopse de um projeto de cinema na quarentena.}

Talita Fernanda Sereia
Enviado por Talita Fernanda Sereia em 21/07/2020
Código do texto: T7012233
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