REBENTOS

Poemas são filhos

Sementes abertas

a germinarem no solo da alma

Infestada de sentimentos

O verso nasce no chão molhado

Diariamente regado

Reproduz-se em palavras

E explode em pétalas

Fazem poemas as mãos

guiadas em trilhas sob sol ou lua

Fazem versos os que falam

E os que silenciam

Na gruta de todas as orações

São filhos reconhecidos os poemas

Perpetuam-se em palavras no tempo

Nas palmas das mãos em ofertas

E nas que os recebem em colheita

Poemas também retornam

Para um café da tarde

Abraçam saudades na varanda

E cavalgam lembranças guardadas

Dalva Molina Mansano

Junho/20

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 17/06/2020
Código do texto: T6980458
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