Onde eu posso estar?

Foi Ele quem permitiu.. e lhe sou grato..

Mas nem isso poderia ser suficiente..

Na verdade nada será.. pra nenhum de nós!

E a cabeça lateja.. toda dor de pensamentos em conflito..

E todas as palavras, fatos, o momento que nos deixa mais aflitos..

E desnorteados.. figurados no desastre programado..

Agora usamos máscaras pra adentrar nos mercados..

Por hora, as máscaras caem pra todos os fascistas intitulados..

Racistas ainda tiram vidas.. e com as suas terão o preço pago..

Como você quer parecer certo, se aparecer já te torna errado?

É madrugada.. fria, indiferente, solitária, amarga

Um cômodo vazio.. repleto do breu e situações tensas, mas imaginárias..

Nem mesmo a luz da luminária me conduz à direção contrária..

A ansiedade é primária

Mas que minha mente se distraia

Ainda existe coisa em mim que valha?

Será que sinto a dor ao corte da navalha?

Se quer sair, saia!

Não invente!

Não engane!

Não traia!

É o medo que acende a fornalha..

Se seus muros ruíram, Babilônia, CAIA!

Mas não é certo levar o pouco que tenho

Afinal, foi tudo que mereço por empenho

E ninguém aqui se importa de onde venho

Ninguém mais se importa

E assim fecham outra porta

Mais dos homenzinhos de vida torta

Corpos ricos, almas mortas

Mas ninguém se importa

Ninguém mais se importa

LHJ
Enviado por LHJ em 04/06/2020
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