Onde eu posso estar?
Foi Ele quem permitiu.. e lhe sou grato..
Mas nem isso poderia ser suficiente..
Na verdade nada será.. pra nenhum de nós!
E a cabeça lateja.. toda dor de pensamentos em conflito..
E todas as palavras, fatos, o momento que nos deixa mais aflitos..
E desnorteados.. figurados no desastre programado..
Agora usamos máscaras pra adentrar nos mercados..
Por hora, as máscaras caem pra todos os fascistas intitulados..
Racistas ainda tiram vidas.. e com as suas terão o preço pago..
Como você quer parecer certo, se aparecer já te torna errado?
É madrugada.. fria, indiferente, solitária, amarga
Um cômodo vazio.. repleto do breu e situações tensas, mas imaginárias..
Nem mesmo a luz da luminária me conduz à direção contrária..
A ansiedade é primária
Mas que minha mente se distraia
Ainda existe coisa em mim que valha?
Será que sinto a dor ao corte da navalha?
Se quer sair, saia!
Não invente!
Não engane!
Não traia!
É o medo que acende a fornalha..
Se seus muros ruíram, Babilônia, CAIA!
Mas não é certo levar o pouco que tenho
Afinal, foi tudo que mereço por empenho
E ninguém aqui se importa de onde venho
Ninguém mais se importa
E assim fecham outra porta
Mais dos homenzinhos de vida torta
Corpos ricos, almas mortas
Mas ninguém se importa
Ninguém mais se importa