Aurora caiada

Aurora caiada

Nessa aurora caiada o vento forte

esconde o dial que timidamente

adentra com medo de tanta mortes.

Pois, está acostumado com vidas,

com pessoas felizes, descontraídas.

É o outono que impera tristemente

Varrendo o chão, de folhas coberto.

É a natureza que chora abundantemente

por não ver rostos felizes...sorridentes.

As ruas desertas, as calçadas vazias,

Os pássaros cantores calados;

Janelas fechadas nessa manhã fria.

Mãos juntas, joelhos dobrados

levam o povo orar fervorosamente

pra que vá embora essa agonia

que castiga os velhos, tirando suas fantasias.

A distância faz corações saudosos

Deus chora todo nosso desengano

Não quer nos ver tristes e medrosos

Intui que haja esperança, haja planos

Que é preciso acalentar a fé, alimento de nosso cada dia.

Márcia A Mancebo