Crônicas de um Ninguém

Prazer ninguém me apresentou

Nordestino eu sou, Mineiro também

Bem-vindo ao meu show

Nem sei quando começou

Em 88 meu primeiro caso de amor

Esse verdadeiro é eterno

Amor de mãe

Amor fraterno

Ela já tinha uma Glória

Eu completei sua história

Meu chamou Luiz

Eu e minha irmã

É meio paralelo

Cada um na sua

Mas sempre por perto

Em 96 caatinga ficou pra trás

Vamo ver o que BH nós traz

Na capital mineira entenderam o infinito

Que caos também é bonito

Sempre dava saudade do sertão

Nas noites longas naquela barracão

Um ano depois a primeira vez que pronuncei pai

Hoje me orgulho demais

Foi ele q me ensinou ser o homem que sou

Enquanto meu pai levantava o sonho dos outros

Minha mãe manicure ,faxineira também

Na escola busquei educação

Na rua bola e pichação

No som tocava Rep e geração Coca-Cola

Enquanto lá fora

A juventude transviada

Vivendo um curta suburbano

Rodei por Neves e Sabará

Rock sempre veio pra me libertar

Minha crônica é de ninguém

A sua também?

Sou mais um nesse eterno vai e vem

Entre sudeste e Nordeste

Sempre caba da peste

Repetindo o uai

Abraçando o sô

Zé cê não sabe o que sou?

Então te explico

Dois mundos

E ninguém

Cajuína e pão de queijo também.

BennyCanuto
Enviado por BennyCanuto em 15/05/2020
Código do texto: T6948121
Classificação de conteúdo: seguro