Sonho (seis a sete de maio)

A mente cria o medo

E, o medo, cria a forma

Quanto mais o alimento

Tanto mais me apavora

E assim, em desalento

Cerro os olhos, corro em fuga

De horror: disparo ao vento,

E me encolho, na penumbra.

Já em prantos, desalmada

Clamo ao Céu que me ampare

E uma voz me sopra, a tempo:

- Chega perto, observa! a

realidade, por ti, criada

E então, desperto, atento

Nasce a luz, dissolve a forma

Compreendo, num intento

Eis o medo:

minha própria sombra.

(Espírito ancestral

Poder celestial

A lembrança que o Amor

Dissolve todo o mal).

Nicolle Ramponi
Enviado por Nicolle Ramponi em 07/05/2020
Código do texto: T6940486
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