A cultura vive na terra

Sou da terra, Giramundo, eu sou de qualquer lugar

Estarei sempre presente quando alguém for semear

Trago sementes sem veneno que é para um dia poder curar

Todo esse ódio transgênico que a indústria quer cultivar

Solo fértil, alma livre, o amor tem que germinar

Cuidando com carinho o bom fruto não faltará

Pé no chão, mão na massa, o trabalho vai começar

Porque o processo natural ninguém pode sonegar

Todos serão bem vindos se vierem para multiplicar

Na composteira da vida tudo vai se reciclar

Os seres orgânicos trabalham para o ciclo se completar

No horário integral em um movimento circular

Sou da terra, sou caule, um pequeno embrião

A todo momento vivo para causar transformação

Pequenino quase invisível, mas firmado na função

Sou o verme que trabalha por dentro da escuridão

No processo Biológico cumprindo a tradição

Se depender de mim, não terá rendição

Para isso que nasci essa é minha missão

Trabalhando sempre no silêncio, mas com a enxada na mão

São sementes sadias os versos sem ambições

É esperança de vida, mais amor nos corações

Do antigo para o novo, de geração para geração

Processo orgânico e analógico a favor da evolução

Sonhar e sorrir, partilhar sem ambição

Aprender com os mais velhos sem malcriação

Direcionar a juventude para uma outra dimensão

O universo é imenso foge ao poder da visão

Plantar, colher e alimentar

Saber, conhecer e praticar

No ventre sagrado da mãe natureza

A cultura vive e jamais vai acabar.

Jose Hilton Rosa
Enviado por Jose Hilton Rosa em 20/03/2020
Código do texto: T6892411
Classificação de conteúdo: seguro