FEITIÇO DE CARNAVAL
Não calo o surdo, nem mesmo tamborim,
Respeito as batidas do meu pandeiro,
Ouço o cavaco chorar em fevereiro,
E o teu samba é meu amor sem fim.
Sou Arlequim e você porta-bandeira,
Sou a tristeza e você a alegria,
Sou mestre-sala, você é Colombina,
Sou adereços e você alegorias.
No compasso dessa nossa harmonia,
No abre-alas você é meu destaque,
É a rainha da minha bateria.
É a passista de beleza sem igual,
Desfilando na passarela do meu peito,
Enfeitiçando o meu pobre carnaval.