Cretina bobagem

O que difere um momento de um acontecimento?

Ora bolas! um estar dentro do outro, como o feijão e a vagem.

É interessante: às vezes certos acontecimentos se tornam momentos,

Como fragmentos no qual o tempo constrói para encontrar caminhos.

Caminhos desconhecidos da mente, do olhar, do sentir, do agir,

Como um labirinto de ideias vagas e curiosidades.

Voltamos a ser crianças, e em cada toque o olho arregaça, mexe, gira.

Cada sentido um palavra engasga e o músculo contrai e relaxa,

O movimento é lento de atenção e medo.

Em pensar que vivi tantos momentos assim em minhas cretinices,

E hoje para e recordo como um verdadeiro cretino,

Não aquele que lastima de tudo, mas que rir de vergonha.

Bobagem!! quanta bobagem, bobagem demais...

Tinha um monte de gente querendo ser cretino pelo menos um vez,

Eu sei, vi em seus olhos, ficavam pasmas, queriam saber.

Bobagem!! pura bobagem! Acho que não sou tão cretino assim,

Pois, pior eram eles que queriam me imitar, imitar um cretino,

Que ria de tudo e de todos pela fascinante eloquência das palavras.

Vi o mundo de maneira tal e senti de maneira tal,

Que tal foi a sensação,

Me veio assim, de repente, aquela louca vontade de ser feliz.

E quem era? eu sei lá! isso nem me passava a cabeça,

Tinha muita gente que era e não é mais.

E o tempo mastigou e depois cuspiu, e redesenhou e formou de novo,

Criou um acontecimento e virou um momento, tão lindo, tão puro, tão magico, que às vezes chego até a perguntar, por quê?

TAS
Enviado por TAS em 10/10/2007
Reeditado em 30/06/2013
Código do texto: T688567
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.