Esperança desse medo de ficar

deitou-se no horizonte o medo

asas da alma que te elevam

sem que partas a lugar algum

bosques de silêncio onde te fitam os olhos

ribeiros mansos que correm

por ente avencas que se agitam, uma sombra,

olha comigo o rio, de mão dada

olha, não digas nada, espera a foz, esse desaguar

essa vontade de ser, de estar…

nas escaleiras solitárias

essa esperança,

esse medo de ficar,

o ir, o chegar…

o não for e o não estar…

e o existir ali, mesmo ali, na tua mão

de mão dada, olhando o rio…

27/01/2020

03:23

In: Nova poesia de um poeta velho

Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 03/02/2020
Código do texto: T6857289
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