Síndrome do estrangeiro
Que vazio é esse que preenche
Tornando tudo ausente
Como um buraco em meu peito?
Existencial? Irreal? Surreal?
Tão singular quanto a luz que reluz do luar
Será que existe um par que consiga contemplar
As gotas que caem da chuva tocando nossa pele
O canto dos pássaros nos chamando a cada manhã
Os mistérios ocultos do atlas das estrelas
O gosto ácido e doce da maçã
O encontro do céu com o mar
Melodia que extasia e desperta
Algo ainda além do verbo amar
Estrangeira me sinto nesse mundo
A cada segundo vivo a imaginar
Como seria retornar para o meu lar
Será que o vazio seria preenchido?
Será que tudo passaria a fazer sentido?
Será que há mais alguém por aqui perdido?
Se sim, espero um dia reencontrar