RIO AMAZONAS (NEGRO E SOLIMÕES)

Navegar o Negro e o Barrento,

É navegar em indecifráveis mistérios,

É fundir os rios irmãos em magias,

Lendas e realidades, se misturam no dia a dia.

Os rios que se agigantam, apavoram,

Se tornam infindáveis e deles se enamora,

Em dimensões continentais, o gigante aflora,

Um mundo de variedades, fauna e flora.

São traiçoeiros rios de cores opostas,

Um é escuro como o milagroso guaraná,

O outro de lamacentos frágeis barrancos,

Não se misturam, mais nos encantam.

Simplesmente se encontram,

Rio Negro e Solimões, se tocam e se afagam,

Mais não se bicam e nem se devoram,

São majestosos rios que para o mar navegam.

A boca da noite, no encontro das águas,

Ribeirinhos amedrontados evitam navegar,

Dos Botos que podem nos encantar,

Das Pirararas que podem nos devorar.

São rios dóceis nos dias ensolarados,

São marolas mansas para se navegar,

Mais são ferozes em temporais arrasadores,

Banzeiros atrevidos que podem te imortalizar.

Alimentam infinitas bocas com farturas,

As piracemas que fervilham os rios,

São vidas que vão se fertilizar,

Em lagos, berçários que vão procriar.

São as inúmeras espécies de peixes,

Que dão sabores especiais a culinária amazônica,

Tambaqui, tucunaré, sardinha, pirarucu,

Dourado, jaraqui, bodó, tamuatá e pacu.

Navegar nestes rios são privilégios inesquecíveis,

Vão adornar seus olhos em aquarelas de cores belas,

Vão sentir a emoção e o pulsar forte do coração,

Foi a dádiva de Deus que inspirou esta divina criação.

Ricardo Sales.

14.09.2018.

Ricardo Nunes de Sales
Enviado por Ricardo Nunes de Sales em 15/11/2019
Código do texto: T6795583
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