ah coitada

fui ali na janela

ouvir a chuva

magricela

tão turva

ela estava chiando

ai, como sussurra

fica só reclamando

da secura, e hurra

e empurra a poeira

do telhado

escorre pela beira

da rua, e desanuviado

refrescado, na sua eira

ah! feliz, está o cerrado...

e numa tranqueira enleada

a chuva desce a ladeira

ah coitada!

© Luciano Spagnol

poeta do cerrado

outubro de 2919

Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 12/10/2019
Reeditado em 12/10/2019
Código do texto: T6767784
Classificação de conteúdo: seguro