Suave veneno

Eu procurei um papel no qual houveste despejado teu sentir,

Não achei.

Deitei sobre a cama,

Não havia teu corpo.

Eu solene, contra minha vontade.

O voraz desejo e esculpir teu corpo em pensamento.

Fecho os olhos,

Não há eu,

Nós não houve

Eu sinto por nós,

Mas a mim não basta,

Preciso do teu corpo.

Escrevi esses versos na esperança de um dia ser lido,

Em teu suave veneno,

Nossos corpos bandidos

Numa vontade só minha

Gritada ao pé do ouvido,

Mas não houve sinal

Talvez seja banal,

Reinventar o meu ser,

Na estação que é você.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 07/10/2019
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