EMPATIA DE UM DESAMOR

CEGOU-ME O LUZIAR DE UM LUAR.

Enganei-me sem dúvidas.

Não seria um luar em minha vida.

Quando vinhas caminhando.

Nunca juntos íamos caminhar,

No jardim da quimera.

Nem em outro lugar.

Nem em trilhas na utopia caminharíamos.

Eu... De uma grata surpresa despertando,

Cedo. Vi uma senhora respeitada,

Amei ontem. Hoje vejo você uma coquete.

Luzias, pela lua cheia que te cobria.

Eu, não percebi que o negro da tua roupa.

Seria o da lua que me acompanharia.

Você, assistente dos seus gostos.

Entre seus cabelos como cortina

Aberta pelos teus fortes passos,

Seu rosto aparecia.

De um respeito angelical.

Eu, devendo ali defender,

Quando da subida que fazias.

Por tempo me escondias sem poder reagir

Para que outros não percebessem.

Obrigado Miguel amigo.

Só tu podias mostrar-me,

Pude ver a escultura feminina,

Sem querer a intenção social.

Num corredor, ouvir o que

Apareceu-me! Emocionalmente.

O contra ponto do meu querer,

Não pude reagir de imediato,

Não só ouvir aquela senhora falando.

Que só era pra namorar. Nada de morar.

Do cortinado do teu quarto,

E dentre suas paredes só sorriso.

Sobre o piso que não havia escolhido,

Percebi um gesto desacanhado,

Num disfarçado dialogo.

Com breve sorriso, gargalhada.

Puxaram-me a razão,

Era uma notícia nitidamente clara,

Há um único interessado! ...

Ela chegou-me como mensagem cifrada,

Que só a razão decifra e interpreta.

No seu quarto, no clarão desta razão.

Descobri o sentido dessas palavras.

De quem pede decisão.

Tinha que dar logo uma definição,

Mesmo que prejudicasse nossa relação.

Não estava nem ai, para solidão.

No Hotel era a última deitada.

Grande calor sem fogo,

Percorre seu corpo

E inquieta, pois o ônibus já viria.

Meu louco coração. Só amor não notou.

Num gesto de pressa

Puxaste-me para junto de ti

Para um último abraço,

Entre um beijo e um cochicho.

Nosso último ato de amor carnal,

Agias como se já soubesses

Qual decisão a tomar

Quando ao teu destino chegar,

Lanchar, suco de laranja com misto

Tomaste o ônibus

De onde vi teu último adeus,

Que para ti já era decisão tomada.

Deixaste-me a beira deste frio caminho,

Que sozinho navego sem leme,

Talvez, eu encontre outros desses seus.

E juntos nadaremos neste rio da INGRATIDÃO.

Porque você não falou no Hotel?

Sempre falávamos de tudo.

Preferia te dizer, que outro falar por mim.

E tinha que ser pelo frio celular que lhe dei?

Porque não frente a frente como pessoas.

Fez da moranguinho um ato de, satisfação.

Uma satisfação? ... Mais uma satisfação?

Todas as satisfações entre nós foram primeiras as suas.

Sempre. Primeiro você.

Eu nunca pensava antes em mim. Sempre.

Sempre era você em tudo até as frutas.

Os biscoitos, meus carinhos, tudo!

Eram escolhidas (os) só para você.

Agora sei, Que pouco gostavas, ou nunca,

Só recebias. Quem sabe! ...

Se quando sozinha, não ria. kkkkkkkk!

DOMINGOS INÁCIO.

DOMINGOS INÁCIO
Enviado por DOMINGOS INÁCIO em 09/07/2019
Reeditado em 03/02/2020
Código do texto: T6692083
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