A morte nossa de cada dia

Morre o pássaro sufocado

de poeira e de fumaça,

morre a árvore no dia comum

de um trânsito assassino.

Morre o mendigo magrinho

para depois ser lançado esquecido

na vala indigna que não vale nada,

morre o rio sem riso e sem fogos

na insensibilidade atroz dos donos do poder,

morre a água afogada na lama de fezes e de urina.

Morre a esperança em dias de desesperança?

Giovani Ribeiro Alves
Enviado por Giovani Ribeiro Alves em 06/06/2019
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