Castelo de areia

O espelho está desconexo e distorce o reflexo mostrando o rosto maquiado. Esconde o coração trancafiado no mundo de mentiras de uma alma desvalida e que tem uma vida sofrida…

O closet está repleto de fantasia, disfarçando a alma torpe com alegoria de alegria. Encobre o corpo de utopia porém, quando a noite chega, na madrugada, a traça vem e rasga seus sonhos, corroendo a ilusão do efêmero bem-estar tirando o sono e ninguém vê…

A ducha de água cristalina que banha o corpo. O sabonete que escorrega e perfuma a derme, ms nada disso purifica o âmago doente, desse ser desiludido e carente

O Cômodo de parede refinada, sua cor é viva e estampada. Em verdade destoa da agrura de quem ali faz morada e que tem sua vida revelada. Não passa de um sepulcro caiado que carrega em seus ombros um pesado fardo de viver mentindo, enquanto seu mundo vai ruindo…

By Marcos Lopes (Alquimista das letras)
Enviado por By Marcos Lopes (Alquimista das letras) em 04/06/2019
Reeditado em 13/02/2024
Código do texto: T6664871
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