Teu corpo³

O teu corpo nu desvenda o meu,

Eu, inerte em teu mundo, tento te desvendar,

Riso frouxo e nós em abismos distintos,

Sem saber a razão pela qual rimos.

O teu corpo sacia a sede de outro corpo

E nossa cama vazia de tu anseia a volta minha,

Eu que perambulo sem rumo de mim para mim,

As cicatrizes, o vento se encarregou de sarar.

Curativei o tempo, mas fui temporal

Quem saberia me sentir além de mim?

Tento superar os detalhes dos nós que não há,

Os valores nossos perdidos em alguns silêncios.

A ânsia é te ter de volta,as parece que agora ela saiu falando.

Quem há de superar essa dorzinha chamada saudade

Enquanto as luzes se apagam, fecho os olhos!

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 15/05/2019
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